...Musicalmente, herdeiro da escola Trovante, o grupo movimenta-se na corrente popular que, nos últimos anos, viu nascer os Sitiados, os Jig (estes já findaram as suas funções) e a Quinta do Bill. Em Até o Diabo se Ria é evidente que a música tradicional desempenhou um papel decisivo, mesmo que o resultado final se apresente ligeiro e descomprometido. O que aliás era a intenção do grupo. Neste exercício de equilíbrio, a Quadrilha assume um papel que não deixa margens para dúvidas. São um grupo urbano que remexe no quotidiano rural. Abriram um caminho no asfalto que outros descobriram, mas isso não alimenta complexos. Até o Diabo se Ria é um território de tréguas, boémia e mística. Sobressai na teia instrumental a integração de tablas, da sanfona. A inteligente musicalidade das teclas. A suavidade descritiva da flauta e do violino. As frases vocais, desaguam por vezes em afluentes de coros, muito bem enquadrados. Luís Mateus in Diário de Notícias “...Até o Diabo se Ria é o título do seu segundo trabalho que junta a inspiração popular em busca das raízes celtas. O resultado final está próximo da música “folk” irlandesa, embora o estilo seja acentuadamente nacional. Melodias tranquilas onde as guitarras se harmonizam com a voz doce de Sebastião, transmitindo uma sensação geral de bemestar que invade a alma ao deixar-se levar pelos acordes. A certa altura, apetece vestir trajes de outros tempos e mergulhar numa dança profana, europeia, libertadora das castrações do dia-a-dia...” Luísa Fernandes in A Capital Festival Novas Ondas “ ...a alegria transpira para o público de um modo contínuo e eficaz, e o resultado é sempre o mesmo: o público aos saltos a cantar e a beber. Mas não foi à primeira, que os presentes queriam era “ronquenrole”. Só que o Sebastião (olá Cacém!) não vai “em grupos” e se o público entoava cânticos de futebol, ele cantava também e conquistava deste modo os ouvidos e os corpos da multidão que não abandonou a boca do palco...” Francisco Serra in Açoriano Oriental “…a banda liderada por Sebastião Antunes persegue uma fórmula relativamente virgem no panorama nacional: o folk rock, sem grandes pretensões de autenticidade etnográfica e voltado para a simplificação e estilização de ritmos e melodias...” “...há momentos em “Quarto Crescente”, a merecer alguma atenção, como “Ninguém é dono do mar”, o canto das ondas de “Canto do quarto crescente”, o introspectivo “Lágrima de lobo”, “Má sorte teres sido tu” (daqui poderia nascer um caminho seguramente mais interessante para a Quadrilha), uma “Aninhas” devedora dos Vai de Roda e uma “Valsa da bailarina” que cruza os Ad Vielle Que Pourra com Jorge Palma.” F.M in Público ...”Quarto Cresecente” é um disco que apetece ouvir muitas vezes, sem risco de saturação. É música portuguesa de última geração. Com a vantagem de que a Quadrilha não precisa de recorrer à pimbalheira da moda para fazer valer os seus méritos junto do público. Basta-lhe ser como é.” In Grande Amadora “A Quadrilha móvese con soltura en diferentes terreos e sempre sae de todos eles con bos resultados. Este é un disco excelente para que os descoñecedores do grupo recuperen a unha das formacións máis interesantes que existen no eido do folk. Non hai moitas bandas que saiban facer o que eles e merecen, xa dunha vez, un recoñecemento importante para o seu traballo.” Oscar Losada in La Opiníon, Galiza … the songs (in Portuguese) are about folkloric themes regarding myths and beliefs, sailors and malevolent young folks. Some of the tracks are lively and bright, such as on "Alguma Coisa Há-de Dar". But there are some powerful quiet songs as well, such as the a capella "Canto do Quarto Crescente". The instrumental lineup includes appearances from accordion, violin, concertina, flutes, bagpipes, hurdy gurdy, and Celtic harp. This is acoustic folk pop with definite sing-along potential, even if you don't know any Portuguese. IE in Dirty Linen |
... E é sem rodeios que Contos de Fragas e Pragas procura trazer o passado ao presente. A intenção é louvável e explícita: o trabalho é dedicado àqueles que acreditam na nova música popular portuguesa e enquadra-se na mudança de paradigma que vai transformando a MPP em NMPP. M.C. in Blitz “É a continuação de um trajecto que parte da inspiração tradicional do nosso país e de regiões europeias mais afins na história e na cultura e que se desenvolve sem limitações à sua criatividade e à poesia de expressão. (...) os Quadrilha crescem, neste recente disco, em intencionalidade e diversidade interpretativas.” In TV Guia ...Sen estridéncias, guiados por unha pulcritude e un ritmo implacabél, estes músicos cantan pequenas histórias - entre elas, duas cancións de José Afonso - dignas de seren escoitadas con atención.
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