LETRAS
1 ESQUINA 2 SE AINDA DER PARA DISFARÇAR Quantas voltas tem a dança em tantas voltas contadas? Um segredo de criança escondido em mil gargalhadas Tantas mãos que foram dadas na ternura de um abraço Quantas vontades caladas na volta meiga de um passo Quantas horas de viagem na alegria de te ver Quanta falta de coragem, tanta coisa por dizer E acabamos a esconder vá-se lá saber porquê Nestas coisas do querer os sinais são para quem os lê Dá-me uma dança, faz-me acreditar Uma lembrança p'ra eu levar Que eu tenho sempre vontade de voltar e te dizer Se ainda der p'ra disfarçar Ensina-me a dançar Faz de conta que o poente acontece a qualquer hora Quando a noite se faz quente e um beijo se demora Já o frio se foi embora ao tocar da tua mão Que há-de ser de nós? agora faz sentido, sim ou não? Dá-me uma dança, faz-me acreditar Uma lembrança p'ra eu levar Que eu tenho sempre vontade de voltar e te dizer Se ainda der p'ra disfarçar Ensina-me a dançar É a valsa do começo, é a vida a esvoaçar É a pele a soltar um arrepio É uma cor que eu não conheço, um sabor de acreditar Uma praia cor de um desafio Dá-me uma dança, faz-me acreditar Uma lembrança p'ra eu levar Que eu tenho sempre vontade de voltar e te dizer Se ainda der p'ra disfarçar Ensina-me a dançar 3 TURCA 4 SABES EU TAMBÉM Estava difícil combinar um café, mas desta vez lá foi Talvez possamos falar do que já lá vai que as vezes ainda dói Da coragem esquecida que já se perdeu quem deixou por dizer foste tu ou fui eu da lembrança guardada num canto qualquer da palavra apagada por não se entender e dizer-te num gesto mais enternecido Sabes, eu também, ando um bocado perdido. Vou preparar-te um jantar, concerteza, vou ser original E vou escolher-te um bom vinho. Tu sabes, nunca me saí mal Vou falar-te das voltas que a vida trocou Das verdades que o tempo já entrelaçou Entre sonhos queimados lançados ao vento Entre a cor de um sorriso e o tom de um lamento E dizer-te de um sopro empurrado pela sorte Sabes, eu também, ando um bocado sem norte Olha, não fiz sobremesa. Deixa lá, fica para a outra vez Vamos deixar mais um copo a falar dos quês e dos porquês Uma historia que nos apeteça lembrar Um episódio que nunca nos deu para contar Um segredo guardado p’lo cair do pano Um encontro marcado no cais do engano E dizer-te na hora em que a voz fraquejar Sabes, eu também, me apetece chorar E vou chamar um táxi. É hora p’ra te levar a casa Era suposto um de nos nesta altura ficar com a alma em brasa Mas a vida é assim, não aconteceu Pouco importa dizer, foste tu ou fui eu O que importa é o abraço que estava por dar Há-de haver uma próxima e mais um jantar e E dizer-te a sorrir já passa das três Dorme bem, quem sabe… um dia talvez. |
5 A SAIA DA CAROLINA 6 NIGER7 REDONDO 8 AS BRUXAS 9 SAHARAOUI 10 POR GRANADA 11 DAILADE 12 CHULA DA LUA |